Toda mãe deve aprender a se valorizar perante os filhos
Regis Mesquita
Imagine a seguinte situação: a mãe chega do trabalho, fica com o filho, dá banho, comida, carinho, atenção. Então, ela decide fazer exercício físico em casa, por uma hora. O filho não deixa. Ela não pode seguir as orientações da fita de DVD, porque o filho quer ver desenho animado. Ela desiste de fazer exercício e fica angustiada com o corpo e com o fato de não conseguir fazer o que deseja.
Este é o resumo de um email que recebi. O que fazer?
O que estamos observando são crianças se tornarem ditadores. Pais que se sentem frágeis ou culpados deixando com que decisões importantes sejam tomadas pelos filhos.
Algumas décadas atrás o sistema era ditatorial. Os pais poucas vezes tomavam decisões conversando com os filhos. O diálogo foi um avanço muito grande. Bom para pais e filhos.
Hoje, principalmente em ambientes com muitos adultos e poucas crianças, os desejos e as necessidades das crianças são sempre priorizados. Ou seja, um novo desequilíbrio está acontecendo.
Como retomar o equilíbrio? As necessidades e desejos dos pais e dos filhos devem ter o mesmo peso e importância. A mãe do email deve conversar com o filho e dizer: para mim é importante fazer ginástica neste horário. Portanto, você terá que brincar com outros brinquedos.
Explique a lógica para seu filho: fique feliz em ver sua mãe feliz. Você pode ser feliz com o brinquedo e eu vou ser feliz com o exercício. Nós dois podemos ser felizes.
Isto é ensinar a dividir, compartilhar, saber esperar e, principalmente, valorizar a felicidade da mãe.
As necessidades dos filhos devem ter o mesmo peso das necessidades das mães. O diálogo democrático só é eficiente quando todos os membros da família são valorizados.
http://www.psicologiaracional.com.br/2012/04/toda-mae-deve-aprender-se-valorizar.html