A CORUJA E A ÁGUIA – Fábula de Esopo- Fabulista grego do século V a.C. Coruja e águia, depois de muita briga, resolveram fazer as pazes. -Basta de guerra – disse a coruja. O mundo é tão grande, e tolice maior que o mundo é andarmos a comer os filhotes uma da outra. -Perfeitamente – respondeu a águia. – Também eu não quero outra coisa. -Neste caso combinemos isso: de ora em diante não comerás nunca os meus filhotes. – Muito bem. Mas como vou distinguir os teus filhotes? – Coisa fácil. Sempre que encontrares uns borrachos lindos, bem feitinhos de corpo,alegres, cheios de graça especial que não existe em filhote de nenhuma outra ave. Já sabes, são os meus. – Está feito! – concluiu a águia. Dias depois, andando à caça, a águia encontrou um ninho com três mostrengos dentro, que piavam de bico muito aberto. – Horríveis bichos! – disse ela. Vê-se logo que não são os filhos da coruja. E comeu-os. Mas eram os filhos da coruja. Ao regressar à toca a triste mãe chorou amargamente o desastre e foi justar contas com a rainha das aves. – Que? – disse esta, admirada. Eram teus filhos aqueles monstrenguinhos? Pois, olha, não se pareciam nada com o retrato que deles me fizeste… . Moral da história: Quem o feio ama, bonito lhe parece.

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