ASSÉDIO MORAL NO TRABALHO
E o que é assédio moral no trabalho?
É a exposição dos trabalhadores e trabalhadoras a situações humilhantes e constrangedoras, repetitivas e prolongadas durante a jornada de trabalho e no exercício de suas funções, sendo mais comuns em relações hierárquicas autoritárias e sem simetrias, em que predominam condutas negativas, relações desumanas e aéticas de longa duração, de um ou mais chefes dirigida a um ou mais subordinado(s), desestabilizando a relação da vítima com o ambiente de trabalho e a organização, forçando-o a desistir do emprego.
Caracteriza-se pela degradação deliberada das condições de trabalho em que prevalecem atitudes e condutas negativas dos chefes em relação a seus subordinados, constituindo uma experiência subjetiva que acarreta prejuízos práticos e emocionais para o trabalhador e a organização. A vítima escolhida é isolada do grupo sem explicações, passando a ser hostilizada, ridicularizada, inferiorizada, culpabilizada e desacreditada diante dos pares. Estes, por medo do desemprego e a vergonha de serem também humilhados associado ao estímulo constante à competitividade, rompem os laços afetivos com a vítima e, freqüentemente, reproduzem e reatualizam ações e atos do agressor no ambiente de trabalho, instaurando o pacto da tolerância e do silêncio no coletivo, enquanto a vítima vai gradativamente se desestabilizando e fragilizando, perdendo sua auto-estima.
O desabrochar do individualismo reafirma o perfil do ‘novo’ trabalhador: autônomo, flexível’, capaz, competitivo, criativo, agressivo, qualificado e empregável. Estas habilidades o qualificam para a demanda do mercado que procura a excelência e saúde perfeita. Estar ‘apto’ significa responsabilizar os trabalhadores pela formação/qualificação e culpabilizá-los pelo desemprego, aumento da pobreza urbana e miséria, desfocando a realidade e impondo aos trabalhadores um sofrimento perverso.
A humilhação repetitiva e de longa duração interfere na vida do trabalhador e trabalhadora de modo direto, comprometendo sua identidade, dignidade e relações afetivas e sociais, ocasionando graves danos à saúde física e mental, que podem evoluir para a incapacidade laborativa, desemprego ou mesmo a MORTE, constituindo um risco invisível, porém concreto, nas relações e condições de trabalho.
Estratégias do agressor
· Escolher a vítima e isolar do grupo. · Impedir de se expressar e não explicar o porquê. · Fragilizar, ridicularizar, inferiorizar, menosprezar em frente aos pares. · Culpabilizar/responsabilizar publicamente, podendo os comentários de sua incapacidade invadir, inclusive, o espaço familiar. · Desestabilizar emocional e profissionalmente. A vítima gradativamente vai perdendo simultaneamente sua autoconfiança e o interesse pelo trabalho. · Destruir a vítima (desencadeamento ou agravamento de doenças pré-existentes). A destruição da vítima engloba vigilância acentuada e constante. A vítima se isola da família e amigos, passando muitas vezes a usar drogas, principalmente o álcool. · Livrar-se da vítima que são forçados/as a pedir demissão ou são demitidos/as, freqüentemente, por insubordinação. · Impor ao coletivo sua autoridade para aumentar a produtividade.
As manifestações do assédio segundo o sexo:
Com as mulheres: os controles são diversificados e visam intimidar, submeter, proibir a fala, interditar a fisiologia, controlando tempo e freqüência de permanência nos banheiros. Relaciona atestados médicos e faltas a suspensão de cestas básicas ou promoções.
Com os homens: atingem a virilidade, preferencialmente.
I M P O R T A N T E
Se você é testemunha de cena(s) de humilhação no trabalho supere seu medo, seja solidário com seu colega. Você poderá ser “a próxima vítima” e nesta hora o apoio dos seus colegas também será precioso. Não esqueça que o medo reforça o poder do agressor!
L E M B R E – S E
O assédio moral no trabalho não é um fato isolado, como vimos ele se baseia na repetição ao longo do tempo de práticas constrangedoras, explicitando o estrago de determinar as condições de trabalho num contexto de desemprego, dessindicalização e aumento da pobreza urbana. A batalha para recuperar a dignidade, a identidade, o respeito no trabalho e a auto-estima, deve passar pela organização de forma coletiva através dos representantes dos trabalhadores do seu sindicato e das CIPAS e procura dos Centros de Referência em Saúde dos Trabalhadores (CRST e CEREST), Comissão de Direitos Humanos e dos Núcleos de Promoção de Igualdade e Oportunidades e de Combate a Discriminação, em matéria de Emprego e Profissão, que existem nas Delegacias Regionais do Trabalho.
O BASTA À HUMILHAÇÃO depende também da informação, organização e mobilização dos trabalhadores. Um ambiente de trabalho saudável é uma conquista diária possível na medida em que haja “vigilância constante” objetivando condições de trabalho dignas, baseadas no respeito “ao outro como legítimo outro”, no incentivo a criatividade, na cooperação.
O combate de forma eficaz ao assédio moral no trabalho, exige a formação de um coletivo multidisciplinar, envolvendo diferentes atores sociais: sindicatos, advogados, médicos do trabalho e outros profissionais de saúde, sociólogos, antropólogos e grupos de reflexão sobre o assédio moral. Estes são passos iniciais para conquistarmos um ambiente de trabalho saneado de riscos e violências e que seja sinônimo de cidadania.
Fonte: www.sina.org.br
NOSSA PAREÇE QUE É PARA MIM ISSO EU VOU FALAR COM MEU CHEFE ELE FALA QUE É COISA DA MINHA CABEÇA
Isso aconteceu comigo, até eu ser demitida, hoje após 5 meses ainda sinto meu emocional zero em termos profissionais. Então o que fazer contra a empresa se as provas, são pessoas que tem medo de se expor.
realmente é desagradavel, quando vc trabalha e não é reconhecida pq n~ agrada os caprichos do chefe.
fui obrigada aceitar fazer um serviço para poder favorecer a chefia e no entanto fiquei sabendo que ela fez comentários a meu respeito ou eu aceitaria ou assinaria carta de advertencia.
Aconteceu isso comigo, no meu último trabalho, meu chefe me hostiliza, me ofendia e humilhava, com indiretas e muita ironia…fui apagando, cada vez menos gostando do trabalho….chorava…muitas vezes durante o expediente, até um dia que não aguentei e fui falar com ele…disse que era coisa da minha cabeça, que eu estava muito sensivel…falei de como me sentia…depois disso melhorou um pouco…mas já não aguentava trabalhar lá…e não fazia nada direito…me demitiu…estou bem tenho uma cabeça boa….
Eu levei minha filha pra consultar, ai o médico perguntou o q eu fazia eu disse q estava entregando curriculu ele falou pra eu passar a tarde, fiz como o combinado ai, ele disse pra eu começar a trabalhar como secretária de outro médico, só q eu não sabia é q ele queria ter relações comigo, como não aceitei fui mandada embora, pois não correspondi o q ele queria, estou mto decepscionada.
Isso aconteceu comigo também, porém o chefe foi convidado a se retirar por ser uma organização Ong ele foi retirado do cargo mais não satisfeito deixou um funcionário da confiança dele fazendo exatamente a mesma coisa que ele fazia… Fiquei doente e tive problemas no trabalho, hoje essa pessoa também já foi demitida mais me percegue estou tomando as medidas legais para que isso acabe…
Enquanto houver impuidade, os/as trabalhadores/as permanecem vítimas.
É mportante que a vitima denuncie ao sindicato ao qual está fiiado, buscar provas e inclusive,
impetrar ação no Poder Judiciário contra o autor e a empresa.
Trabalho com uma pessoa como este tipo é empregado como todos mas é mal caráter e tem várias personalidades joga indiretas,humilha as pessoas e sempre repetindo a mesma frase eu fico nervoso falo coisas horriveis mas não quardo raiva DEUS conheci meu coração depois de um segundo que disse esta frase começa tudo de novo com palavras de baixo escalão ninguém conversa com ele ele é isolado por toda a empresa.
inclusive isto aconteceu tb comigo.Um ser humano não pode ser tão humilhado assim. Parabéns pela reportagem.
Aconteceu comigo; minha chefe mandava eu fazer trabalho extensivo;
um dia andando no setor 01 pergutei a uma colega a sua carga horária, ela me falou e eu dscobri que estava abaixo da minha; reinvindiquei os direitos; foi uma guerra mas a partir desse dia ,passamos a ter hora certa de entrar e sai do serviço e hora de almoço(que antes ñ tinhamos.Depois dessa conquista eu pedir a remoção do setor, e hj minhas colegas contam com essa conquista graças as minhas reivindicações.A chefe hj é excelente comigo mas antes era aquela coisa!