Novos heróis
A conceituação de heroi é de um homem extraordinário pelos seus feitos guerreiros, pelo seu valor ou magnanimidade.
Há alguns anos, um ator cinematográfico, no auge da sua carreira, afirmou que considerava herois aqueles que se destacavam em grandes feitos, enumerando cantores, atletas, artistas.
Anos depois, esse mesmo ator sofreu um sério acidente que o deixou totalmente dependente, ao ponto de necessitar de aparelhos para respiração.
De início, ante a dor e a perspectiva da imobilidade total, ele desejou ardentemente morrer. Foi uma frase dita por sua esposa, em um dos seus momentos de intenso sofrimento que o motivaram a mudar de ideia.
Você é você em qualquer circunstância e eu o amo, foi o que ela disse.
Desde então, ele passou a lutar pela sua recuperação. Preso a uma cadeira de rodas especial, ele conseguiu dirigir um filme, escrever um livro e, o mais importante, modificar sua postura perante a vida.
Atleta que era, amando os esportes, ressentia-se da condição a que ficou reduzido fisicamente. Acreditava que o que lhe aconteceu foi uma tremenda infelicidade, um acidente tolo.
Mas, firme em sua vontade de vencer apesar de tudo, passou a observar a luta de tantos que, como ele, todos os dias, enfrentam com coragem e determinação exercícios exaustivos na fisioterapia, buscando um mínimo de resultados.
Criaturas que, como ele, todos os dias, lutam contra a possibilidade de morrer por asfixia, por infecção ou qualquer outra enfermidade oportunista.
Seres que exultam de felicidade quando conseguem mover o dedo mínimo, dar um passo ou segurar um pequeno objeto.
Por isso, ele passou a considerar herois esses anônimos que, tolhidos em seus movimentos, batalham para vencer.
Esses para os quais, um dia a mais no corpo se constitui uma tremenda batalha vencida. Jovens, crianças e adultos com os quais ele cruzava nos corredores dos hospitais ou em clínicas de recuperação motora.
Tais testemunhos, ditos de forma emocionada nos conduzem a repensar as dádivas de que somos portadores pela possibilidade dos movimentos, da audição, da respiração, o bater ritmado e constante da bomba cardíaca.
Coisas pequenas a que não damos atenção alguma. Afinal, é tudo tão natural para nós: andarmos, corrermos, ouvirmos, respirarmos, vivermos.
É tão natural termos braços para movimentar, enlaçar, abraçar que nem nos apercebemos do quanto valem e do quanto com eles podemos realizar.
Para quem perdeu sua movimentação, como o ator Christopher Reeve, aquele que interpretava o super-homem, uma grande dor era não dispor deles para poder abraçar o próprio filho.
O Evangelho é um repositório de homens e mulheres que se tornaram herois da fé e da renúncia após experimentarem toda sorte de amarguras.
Os verdadeiros herois, na Terra, são aqueles que, ignorados, enfrentam a agudeza das lanças da revolta, da depressão, as farpas da indiferença e prosseguem, vencendo-as e vencendo-se.
www.otimismoemrede.com
Há alguns anos, um ator cinematográfico, no auge da sua carreira, afirmou que considerava herois aqueles que se destacavam em grandes feitos, enumerando cantores, atletas, artistas.
Anos depois, esse mesmo ator sofreu um sério acidente que o deixou totalmente dependente, ao ponto de necessitar de aparelhos para respiração.
De início, ante a dor e a perspectiva da imobilidade total, ele desejou ardentemente morrer. Foi uma frase dita por sua esposa, em um dos seus momentos de intenso sofrimento que o motivaram a mudar de ideia.
Você é você em qualquer circunstância e eu o amo, foi o que ela disse.
Desde então, ele passou a lutar pela sua recuperação. Preso a uma cadeira de rodas especial, ele conseguiu dirigir um filme, escrever um livro e, o mais importante, modificar sua postura perante a vida.
Atleta que era, amando os esportes, ressentia-se da condição a que ficou reduzido fisicamente. Acreditava que o que lhe aconteceu foi uma tremenda infelicidade, um acidente tolo.
Mas, firme em sua vontade de vencer apesar de tudo, passou a observar a luta de tantos que, como ele, todos os dias, enfrentam com coragem e determinação exercícios exaustivos na fisioterapia, buscando um mínimo de resultados.
Criaturas que, como ele, todos os dias, lutam contra a possibilidade de morrer por asfixia, por infecção ou qualquer outra enfermidade oportunista.
Seres que exultam de felicidade quando conseguem mover o dedo mínimo, dar um passo ou segurar um pequeno objeto.
Por isso, ele passou a considerar herois esses anônimos que, tolhidos em seus movimentos, batalham para vencer.
Esses para os quais, um dia a mais no corpo se constitui uma tremenda batalha vencida. Jovens, crianças e adultos com os quais ele cruzava nos corredores dos hospitais ou em clínicas de recuperação motora.
Tais testemunhos, ditos de forma emocionada nos conduzem a repensar as dádivas de que somos portadores pela possibilidade dos movimentos, da audição, da respiração, o bater ritmado e constante da bomba cardíaca.
Coisas pequenas a que não damos atenção alguma. Afinal, é tudo tão natural para nós: andarmos, corrermos, ouvirmos, respirarmos, vivermos.
É tão natural termos braços para movimentar, enlaçar, abraçar que nem nos apercebemos do quanto valem e do quanto com eles podemos realizar.
Para quem perdeu sua movimentação, como o ator Christopher Reeve, aquele que interpretava o super-homem, uma grande dor era não dispor deles para poder abraçar o próprio filho.
O Evangelho é um repositório de homens e mulheres que se tornaram herois da fé e da renúncia após experimentarem toda sorte de amarguras.
Os verdadeiros herois, na Terra, são aqueles que, ignorados, enfrentam a agudeza das lanças da revolta, da depressão, as farpas da indiferença e prosseguem, vencendo-as e vencendo-se.
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