Titulo: Sabia resposta
mensagem: Sábia resposta O indivíduo, frequentemente, era um julgador severo e implacável consigo mesmo em quase todos os aspectos de sua vida e, como consequência, era também, o algoz de sua própria existência. Certo dia, estava caminhando, de mãos dadas com suas sôfregas preocupações, pela praça da cidade quando, de repente, avistou sentado num banco, baixo à sombra de um ipê roxo, um senhor, um chapéu da mesma cor e que, acima de tudo, transparecia uma indelével calma. Então, apesar da irrequietação que acompanha as pessoas julgadoras, ele sentiu um intenso desejo de, por pelo menos alguns segundos, mudar sua trajetória e ir conversar com aquele curioso indivíduo e, assim, o fez. Lá chegando, sentou ao lado do senhor e, rapidamente e sem introduções, compartilhou as dores que lhe afligiam, assim como, sobre a contínua atitude de auto-julgamento que o acompanhava. O Senhor, apesar da inesperada situação, ficou em silêncio por alguns segundos, depois, perguntou suavemente ao interlocutor que o havia tornado confidente de seus desalentos. – Se você estivesse numa briga com outros indivíduos, você se daria um soco? – Certamente não. Respondeu o indivíduo. – Então porque – contestou o senhor – você insiste em bater em você mesmo por meio de pensamentos indesejáveis, punições rigorosas e sentimentos de menosprezo? Como uma estrela cadente que ilumina a aquarela noturna do firmamento, uma intensa luz de discernimento, de clareza e de veracidade alumiou o pensamento do homem que, até então, vinha nocauteando sua essência ao invés de ser o guardião e o motivador de suas natas virtudes e qualidades. Assim, com um irradiante e agradecido brilho nos olhos, ele permaneceu por algum tempo sentado naquele banco antes que, repentino como sua chegada, partiu. (Tadany – 09 04 10) Cargnin dos Santos, Tadany. Contaram-me 83. www.tadany.org ®

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